Welcome to the fantasy

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Matando para amar



Jamais imaginei que sentiria tal sentimento. Algo puro e desnorteante, mas ao mesmo tempo, algo impóssivel de ser alcançado.

Numa bela noite de luar estava caçando nas arredondezas da Noruega, estava incrivelmente deserto, talvez os humanos tenham sentindo uma presença perigosa por perto e tenham se refugiado em suas casas, na esperança de se protegerem.

Um lampejo de luz veio em direção ao bosque, e rapidamente, me posicionei para atacar. Um garoto alto e loiro estava caminhando pela trilha com uma garota menor ao seu lado, provavelmente sua irmã. Os dois pararam de repente e ajoelharam-se na grama diante do que parecia uma lápide humilde.Lágrimas escorriam dos olhos da garotinha, o rapaz ao seu lado a abraçou e olhou para cima.

Nesse instante, observei que ele possuia olhos castanhos avermelhados. Não consegui me mexer, aquele garoto fraco com um aroma incrivelmente sedutor, havia-me feito paralizar e ficar nervosa, mas ao mesmo tempo feliz e completa. Desde aquele momento percebi que aquele garoto havia tocado numa parte dentro de mim que nunca pensei que existira.

Os dias se passavam, e eu me via cada vez mais encantada pelo garoto, decobri que ele se chamava Doug Willian, sua irmãzinha Muriel Willian. Doug era um jovem do último ano da Academia Longbotton para garotos, sua rotina consistia em cursinhos, cólegio, academia, aula de futsal, livraria e mercado. Uma vez ou outra saia com os amigos para uma noite na balada, não costumava ingerir bebidas alcóolicas ou fumar como os outros de sua idade.

Numa sexta á noite, Doug e mais quatro amigos estavam voltando de uma festa na mansão dos Monsieur Anthony, Jasper estava no volante numa velocidade agressiva, provavelmente bêbado, quando começou a chover fortemente, uma neblina começou a envolver a estrada, e alguns segundos depois, o carro derrapou numa curva e caiu colina abaixo.

Sabia que não deveria, mas meu corpo se movimentou automaticamente se movendo o mais rápido que pode até o carro. Arranquei a porta lateral esquerda do passageiro e puxei Doug desacordado, aterrisei numa pedra, e no mesmo instante o carro caiu no mar.

Doug estava com um ferimento na cabeça que sangrava, dificultando ainda mais o meu auto controle. Entrei numa caverna próxima e rasguei a parte de baixo de meu vestido. Tentei estancar o ferimento do menino. Senti uma queimação em meu pescoço e parei de respirar. Sem dúvida nenhuma era o melhor cheiro que já sentira, mas não ousaria machucar aquele garoto indefeso. Olhando mais de perto, sua fisionomia apontava que estava entre os dezessete e vinte anos.

Pressentia que não resistiria por muito mais tempo e tomei rapidamente uma decisão, se existisse uma vida depois dessa, ou não, eu teria de arriscar. Antes de poder sentir remorço, cravei meus caninos no pescoço de Doug. Fórmidavel e suculento eram eufemismo para o sabor, quando não restara muito mais do que umas gotas de sangue, peguei uma espada que sempre carregava comigo nas costas e atravessei-a entre nossos corações.

Nunca pensei em como morreria mas morrer com a pessoa que amo é muito mais do que merecia. Aos poucos perdi meus sentidos e cai em cima do meu amado. Só espero que se existisse uma outra vida, que nesta não possuise regras que dificultassem o entrossamento entre um vampiro e um humano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário