Welcome to the fantasy

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Amor Sanguinário










- Pare... Por favor, eu não aguento mais... Eu faço qualquer coisa... É dinheiro?... Eu posso lhe dar...


John Wendell, o famoso milionário, implorava por sua vida.



- Não quero dinheiro, John.


Ainda segurando a adaga, a mulher fez um corte profundo em sua bochecha. Ao ver o sangue começar a escorrer, sentiu uma excitação que a fez lamber os lábios.


- Se sabe quem sou... Porque está fazendo isso comigo?... Quem lhe mandou?... Eu pago o dobro que lhe deram...


- Fique quieto, sim? Ninguém me mandou... Estou aqui por instinto.

- V-você é l-louca.


Hmm, então agora ele estava gaguejando... Não poderia ser melhor. Fez um corte no pescoço da vitima e lambeu. Delicioso...


- Sim, sou louca... Mas não como você pensa...


- A policia já deve está atrás de mim... Deixe-me ir...


Ele estava amarrado. Era incrível como todos a ameaçavam... Mesmo sem está em condições de fazerem isso.

Ela riu. 



-V-v-você está possuída! É-é isso...


Possuída? Talvez, mas não por quem ele imaginava. Ela era a morte em pessoa. Perfurou cuidadosamente na panturrilha e sentiu o seu orgasmo atingido enquanto ele gritava.


- E-e-eu imploro, p-por favor...


- Tenho um pedido a lhe fazer, sim?


Mesmo perplexo, ele pareceu não refletir sobre o que ela lhe falara.

- Qualquer coisa!


- Hmm, que bom! Você tem escolha, sabe? Mas eu ficaria realmente triste se você rejeitasse...

- Não irei! - Interrompeu-a convicto. Sabe-se Deus o que ela poderia fazer se recusasse.

- Perfeito! John Wendell... 

- Stuart.

- O quê?

- Chame-me de Stuart, sou conhecido assim quando o assunto é negócios e...

- Bom, não estamos negociando nada.

- Mas, como? Você disse...

- Eu não disse nada. Apenas quero um favor seu. E, você por boa vontade disse que o faria.


Então ela o mataria... Vadia! 

No mesmo instante sentiu uma dor latejante em seu estômago, ele gritou. Olhou para baixo e viu que ela havia enfiado a adaga em seu tronco... 

Maldita! Ela leu os seus pensamentos? Ela estava com um olhar raivoso que não demonstrara antes...


- Não leio pensamentos, se é isso que se passa em sua cabeça. Mas você é muito fácil de ler... É interessante... Deliciosamente interessante.


Ela tirou a lâmina e a lambeu.



- E o que está dentro de você... É provocador... Tão doce... E ao mesmo tempo amargo... É uma sensação horrível para quem está tendo o que é seu roubado, imagino.


Ele sentiu a cor lhe abandonar o rosto.


- Você é um demônio!


Ela riu mais uma vez.


- Você é engraçado, John... Mas não sou um demônio.


Não estava entendendo, nunca vira aquela mulher em sua vida...

- Q-quem é você?

- Nunca pensei nisso antes, mas certamente não sou uma vampira... Seus pensamentos são tão infantis...


Ele estava perdido...


- Quando eu o matar... Grite meu nome... Você saberá qual é...


Ela então o apunhalou no coração.

Ele não sabia... Ela o matara por amor...

...E era incapaz de sentir remorso. 



- Então nem você sabia meu nome... - Arrancou-lhe a adaga do corpo, dando um último vislumbre de seu amado, patira. Para onde iria? Nunca foi de conhecimento para ninguém, nem mesmo para si própria. Ela apenas ia e vinha, assim como a morte, não tinha um lar para o qual retornar. Talvez, você saiba um dia, mas não terá a oportunidade de me dizer...









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Carentes uma zorra, essas crianças eram perigosas, maldito era aquele que duvidava disso e não o que enxergava a verdade.
Ela, a criança abandonada ainda pequena nas ruas, não era um ser - humano. Sua água vinha de bebedouros, seu alimento vinha das feiras semanais de frutas e verduras. E ela nem um pouco se satisfazia com tais coisas.

Perigosa. Sim, ela seria um dia, mas não hoje. Ainda era uma jovem em formação, poderia ter quatorze, dezesseis anos... Talvez fosse mais nova ou mais velha, nunca saberia.

      Ela não se encaixava naquele mundo capitalista, não possuía dinheiro, bens, nem sequer uma vida.
Ela apenas existia, sem saber como ou o porquê.
E aquela pessoa o protegera. Mesmo ela estando, na visão dos outros, sendo uma pessoa má.
John Wendell, mais tarde descobrira seu nome, o seu protetor. Ajudando-a, ele apenas cavou a própria cova. E tudo por um ato de caridade.
Em outra vida quem sabe, os dois poderiam conhecer-se de outra forma, talvez tivessem uma relação romântica, mas não nesta vida.
Ela, a garota sem nome, roubara e ele o protegera dizendo que não estava errada. Pagara o que ela pegou sem direitos, e ainda lhe dera um saco de doces.
Desde aquele dia desistira de pegar o que não era seu, ela se vingaria de todos. De roubar, passou a matar e alimentar-se do sangue e carne de suas vítimas. Passara a ser uma sanguinária desprovida de sentimentos. Matara os seus semelhantes, era uma ceifadora.

E desta forma percebera que ela tinha sim sentimentos, ela adorava o que fazia e amava aquele homem.
John Wendell, o coitado que roubou o seu coração, e sem saber, levou todas as coisas boa a que ela poderia ser capaz de torna-se um dia.
Ele, assim como todos os outros, odiava-a. Mesmo não sabendo quem ela era, o rumor de um serial killer na cidade o assustava, o irritava.
Mas ela o faria amá-la.
Amar uma pessoa é o mesmo que amar o que há de bom e ruim nela. Mesmo que as coisas boas sejam praticamente inexistentes.
Ela o mostraria o que era amar, mas não o suficiente para deixá-lo viver.

Um comentário:

  1. Caríssima Yasmin Sanches! Amei o relato, AMO MULHERES ASSASSINAS!!! De coração te digo!!! Sempre as amei e tive uma atracção especial por este tipo de mulher! Grandioso seu blog! Sou podolatra, tenho fetiche por pés femininos extremo, e AMO Mulheres que adoram assassinas apunhalando seus servos, amantes, escravos, por mais que eles tenham passado por uma vida de servidão eterna, e sabendo que um dia, eles darão o último suspiro deles alí, ajoelhados diante dEla, implorando por piedade, como nesse caso relatado! Para mim, não há sacrifício mais sublime do que sermos sacrificados, e morrermos alí aos pés de uma Impiedosa e Cruel Matadora!!! Amei seu blog!!! Parabéns Yasmin!!!

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